De fole (sanfoninha) Kodak, Zeiss, Voigtlander, Ica e Goerz.
Época das grandes máquinas alemãs de fole, de madeira, e que usam chapas de vidros e dão fotos de alta qualidade. Para os amadores, agora incluindo Kodak, há uma enorme linha de maquinas menores e mais simples que usam filme em rolo 620 e 120 (mas igualmente complicadas de usar).
Graflex – câmaras reflex (com espelho) com filmes de grande formato, de madeira e com muitos recursos para uso profissional.
De caixão Kodak numero 1, 2, 3, 4 júnior e Brownie, Agfa Preiss box. Para amadores e crianças, de caixote, com filme em rolo simples de usar, mas com qualidade sofrível.
Detetive (magazine Câmera) – são grandes e curiosas maquinas francesas de formato caixote, que tiram dez fotos com negativos de vidro tamanho 9x12, sem necessidade de recarga.
Stéreo (Stereolette) – moda no inicio do século, as maquinas alemãs de duas lentes tiram duas fotos simultaneamente de um mesmo assunto. Ao ser vista por visor apropriado, produz efeito estéreo.1930/1940
35 mm - Desenvolvimento da Leica alemã (pronuncia-se Laica), pioneira no uso de filme 35 de cinema.
Zeiss Ideal, com chapas de vidro e Super Ikonta, com foco por telêmetro com filme 120, ambas produzem fotos de alta qualidade.
Rolleiflex, Ikoflex e Voigtländer 6x6 – de duas lentes, uma para o foco, a inferior para impressionar o filme; praticas de usar, as lentes alemãs dão alta qualidade às fotos.
Robot – máquina americana 35 mm, usa motor a base de corda para avanço rápido do filme, muito usada em foto esportiva.
Minox – máquina alemã subminiatura, foi usada em serviços de espionagem, usa filme próprio tamanho 9,5mm. Continua em produção na Europa, com modelos eletrônicos.
Maquinas de baquelite (como a Baby Brownie) – fabricados num novo tipo de plástico, o baquelite (por sinal muito quebradiço), ela usa filme 127, mas são inúmeros modelos que usam filme 120. Simples e praticas de usar, popularizam a foto entre amadores e crianças.
Máquinas de caixão (Zeiss Box Tengor) – usam filme em rolo 127 ou 120, fabricadas em metal, custavam pouco e eram fáceis de usar.
Paubel Makina usa filme em rolo 120, tem lentes intercambiáveis e é pratica de ser usada em reportagens em geral.
Speed Graphic – são as grandes máquinas americanas que susam negativos de celulóide tamanho 9x12 cm, usadas no fotojornalismo em geral, para documentar a II Grande Guerra e também fotos de artista e de esporte. Usam lâmpadas tipo bulbos, que se queimam a cada foto, são grandes, pesadas e complicadas, as dão fotos de alta qualidade.1950-1960
Zeiss Ikon e Voigtländer – auge das maquinas de fole, usam filme 120 e têm capacidade para 8, 12 ou 16 chapas, dependendo da máscara interna que usar. Dão fotos de qualidade desde que a imagem no papel não seja maior que o negativo.
Máquinas caixão (Kapsa nacional) – a alegria da criançada são de papelão ou metal, muito simples e tiram fotos no tamanho 6x9 ou quadrada.
Maquinas de plástico (Brownie Fiesta Kodak) – surgem as primeiras maquinas 6x6 totalmente em plástico, com lentes muito limitadas, que dão fotos de qualidade aceitável.
quinta-feira, 14 de março de 2013
RARIDADES NAS PRATELEIRAS
Na coleção de máquinas fotográficas como esta, por exemplo, entra qualquer tipo, marca e ano de fabricação de máquinas, sem restrição. O “museu” tem até máquinas fotográficas rejeitadas desde que foram lançadas, de tão ruins que eram. É ocaso das brasileiras Flika, Tuka e Bieka. Mas em nome da história, são colecionáveis todas as máquinas com mais de dez anos – podem ser quebradas, por que, não? – no que se incluem câmaras de amador de formato 110 (as Kodak Xereta) e as Love descartáveis, as Intamatic (Kodak Tira Teima); as Tekinhas no formato 126 e mesmo as mais simples (e baratas na época) de 135 mm, como as Olympus Trip e Pen – muito conhecidas pelos brasileiros. As Canonet e as Yashica Eletro 35, de foco por telêmetro que tanta alegria deu aos fotógrafos contemporâneos, também estão lá, no “museu”, curtindo uma merecida aposentadoria.
O mesmo vale para as famosas máquinas “caixão” (de metal ou papelão) – em formato de caixa – muito simples, que sofreram nas mãos da garotada desde o inicio do século, até os idos de 1950, quando fez o maior sucesso a Kapsa brasileira. Também dessa época são as máquinas simples de baquelite com filme 120, como as Agfa, de preço até hoje muito acessível.
Mas o “must” da coleção são mesmo as máquinas de fole, aquelas de sanfoninha que foram fabricas em inúmeros modelos e formatos, de madeira ou de metal, das mais simples às com muitas regulagens e cromados. São maioria as Kodak americanas fabricadas na década de 20/30 até 1950. Porém, as melhores eram mesmo as alemãs Voigtländer, Goerz, Agfa, Ernermann e tantas outras, de alta precisão e qualidade ótica impecável.
Entre as máquinas de fole, destacam-se (e são mais rarase, portanto, mais caras) os modelos de formato horizontal, com fole vermelho e, principalmente, as que tiram fotos com negativo de vidro. Elas são o destaque da coleção, pois são um pouco maior que as demais, tem lentes de alta qualidade e o fole pode ser extendido para até 30 cm. Na época, décadas de 20 e 40, eram consideradas profionais, caras e tão sonhadas pelos como as ânon e Nikon de hoje.
O mesmo vale para as famosas máquinas “caixão” (de metal ou papelão) – em formato de caixa – muito simples, que sofreram nas mãos da garotada desde o inicio do século, até os idos de 1950, quando fez o maior sucesso a Kapsa brasileira. Também dessa época são as máquinas simples de baquelite com filme 120, como as Agfa, de preço até hoje muito acessível.
Mas o “must” da coleção são mesmo as máquinas de fole, aquelas de sanfoninha que foram fabricas em inúmeros modelos e formatos, de madeira ou de metal, das mais simples às com muitas regulagens e cromados. São maioria as Kodak americanas fabricadas na década de 20/30 até 1950. Porém, as melhores eram mesmo as alemãs Voigtländer, Goerz, Agfa, Ernermann e tantas outras, de alta precisão e qualidade ótica impecável.
Entre as máquinas de fole, destacam-se (e são mais rarase, portanto, mais caras) os modelos de formato horizontal, com fole vermelho e, principalmente, as que tiram fotos com negativo de vidro. Elas são o destaque da coleção, pois são um pouco maior que as demais, tem lentes de alta qualidade e o fole pode ser extendido para até 30 cm. Na época, décadas de 20 e 40, eram consideradas profionais, caras e tão sonhadas pelos como as ânon e Nikon de hoje.
Fotos instantâneas e câmeras automáticas
A primeira câmera com um compartimento escuro para revelação das fotos foi criada em 1923 por Samuel Schlafrock, nos Estados Unidos. Mas elas começaram a se popularizar graças ao inventor Edwin Land. O co-fundador da Polaroid desenvolveu um sistema onde um filme negativo era pressionado contra um papel positivo e fluidos, que se espalhavam de acordo com a luz captada pela câmera. Isso provocava uma reação química que revelava a foto instantaneamente. A primeira câmera instantânea do mercado foi a Modelo 95, da Polaroid, fabricada a partir de 1948. Mas outras fabricantes como a Fujifilm, Keystone, Konica, Minolta e Kodak também desenvolveram os seus modelos.
A década de 60 trouxe outra inovação para a fotografia: a popularização das câmeras com controle automático de luz. Apesar de esse recurso existir desde 1938, os recursos que as câmeras exigiram para realizar esse processo eram muito caros, os afastando do grande público. A primeira câmera a vir com um fotômetro entre as lentes para regular a entrada de luz automaticamente foi a Mec 16 SB, fabricada na Alemanha a partir de 1957, já com um preço mais acessível.
Filme 35 mm. Do cinema para a fotografia
Mesmo com o sucesso da fotografia digital, ainda hoje é fácil encontrar lojas que vendem filmes 35 mm. Apesar disso, a fotografia demorou cerca de 30 anos para incorporar esse padrão.
A Leica I, de 1925, foi um sucesso de vendas, ajudando a consolidar o padrão de filmes 35 mm
Em 1889, o inventor franco-escocês William Kennedy Dickson cortou um filme Kodak de 70mm e o encaixou numa câmera de imagens estáticas. O inventor trabalhava no laboratório de Thomas Edison, que gostaria de fazer fotos dos cenários de seus filmes.
Em 1889, o inventor franco-escocês William Kennedy Dickson cortou um filme Kodak de 70mm e o encaixou numa câmera de imagens estáticas. O inventor trabalhava no laboratório de Thomas Edison, que gostaria de fazer fotos dos cenários de seus filmes.
A câmera 35 mm foi patenteada em 1908, mas só se tornou popular graças à Leica, desenhada pelo engenheiro ótico alemão Oskar Barnack. Os primeiros protótipos da empresa surgiram em 1913, mas as câmeras só começaram a ser vendidas em 1925. Elas eram fáceis de usar e compactas, fazendo um grande sucesso junto ao público. O sucesso foi tão grande que câmeras de outros formatos, como as SLRs incorporaram o padrão, se tornando muito mais práticas.
MAQUINA FOTOGRAFICA DE VARIAS LENTES
Cartão de Visita
Na década de 1850, novas técnicas para se produzir fotografias surgiram, para concorrer com o daguerreótipo. Uma das principais técnicas era o uso do chamado colódio úmido. Ela consistia em revestir uma chapa de vidro com nitrato de celulose e sensibilizado com nitrato de prata. Essa chapa era umedecida antes de ser exposta e depois era revelada com sal ferroso. Apesar de ser um método complicado (carregar chapas de vidro é pesado e pouco prático), o colódio úmido fez muito sucesso por causa das imagens excelentes que produziu. Além disso, o tempo de exposição caiu bastante, permitindo fotografar objetos em alta velocidade.
Modelo de câmera utilizada para fazer os cartões de visita (Foto: Reprodução)
Em 1854, o fotógrafo francês André Disderi criou um sistema para tirar até dez retratos em uma única chapa, criando uma verdadeira mania: o cartão de visita. A câmera tinha diversas lentes, o que permitia que muitas fotos fossem produzidas numa mesma folha. Essa folha era entregue ao comprador, que podia recortar essas fotos e trocar com os amigos e parentes. Os cartões de visita fizeram tanto sucesso que eram vendidos aos milhares. Disderi, que começou a atuar em Paris, abriu filiais em Londres e Madri.
No início do séc. XX, época áurea dos caminhos-de-ferro, a fotografia dá os primeiros passos. De uma ligação improvável, sob o mote “A maior fotografia no mundo, do mais belo comboio no mundo”, eis que nasce a Camera Mamute, com o intuito singular de fotografar em grande plano o comboio estrela da Chigago & Alton Railway: The Alton Limited. O seu autor, George Raymond Lawrence, (1868-1938) é, provavelmente, um nome pouco familiar para a maioria das pessoas, mas decerto muito importante na História da Fotografia.
Nascido em nos Estados Unidos, em Ottawa, Illinois, mudou-se para Chicago para aí encontrar a Fotografia. De entre as suas muitas conquistas estão o aperfeiçoamento do uso do flash, a invenção de balões e papagaios para fotografia aérea e grandes avanços na fotografia panorâmica, culminando na criação da maior camera do mundo: The Mammoth Camera, ou Camera Mamute.
Câmera Express Détective de Nadar (versão Tropical) - 1888
Houve então quem se apercebesse das potencialidades comerciais da fotografia e a transformasse num negócio. Por esta altura, em França, o atelier de Blanquart-Évrard, uma grande empresa, executou muitos trabalhos sob encomenda. Porém, foi nos Estados Unidos que surgiu o homem que haveria de revolucionar e industrializar a fotografia: George Eastman. O seu objectivo era tornar a fotografia barata e acessível a todos e, para isso, concebeu uma pequena câmera que usava filme em papel com gelatina de brometo de prata. Foi comercializada a partir de 1888 com o nome de Kodak one.
A começar pelo nome comercial que escolheu, Eastman teve intuição ao produzir este pequeno aparelho que fazia fotos redondas. Os filmes que eram adquiridos incluíam no preço a revelação e a substituição por um filme novo, uma ideia que vigorou até ao aparecimento da fotografia digital. Mas Eastman não se acomodou ao sucesso e, pouco tempo depois, lançou a Brownie, uma câmera fotográfica para crianças.
uma das primeiras cameras fotógrafica
Primeira parte do artigo - câmera fotógrafica antiga
Nas últimas duas décadas do século XIX as câmeras fotográficas evoluíram bastante. Um dos principais factores nesse processo foi o aperfeiçoamento das chapas e das emulsões fotossensíveis. As emulsões em gelatina, o pancromatismo (sensibilidade igual a todas as cores) e sobretudo os novos suportes em celulóide caracterizavam os novos filmes, tornando obsoletos os daguerreótipos e os calótipos até então usados. Além disso o Congresso de Paris de 1889 normalizou os formatos das chapas, as aberturas das objectivas e as velocidades de obturação. A Indústria chegava à Fotografia.
Assinar:
Postagens (Atom)