quinta-feira, 14 de março de 2013

RARIDADES NAS PRATELEIRAS

Na coleção de máquinas fotográficas como esta, por exemplo, entra qualquer tipo, marca e ano de fabricação de máquinas, sem restrição. O “museu” tem até máquinas fotográficas rejeitadas desde que foram lançadas, de tão ruins que eram. É ocaso das brasileiras Flika, Tuka e Bieka. Mas em nome da história, são colecionáveis todas as máquinas com mais de dez anos – podem ser quebradas, por que, não? – no que se incluem câmaras de amador de formato 110 (as Kodak Xereta) e as Love descartáveis, as Intamatic (Kodak Tira Teima); as Tekinhas no formato 126 e mesmo as mais simples (e baratas na época) de 135 mm, como as Olympus Trip e Pen – muito conhecidas pelos brasileiros. As Canonet e as Yashica Eletro 35, de foco por telêmetro que tanta alegria deu aos fotógrafos contemporâneos, também estão lá, no “museu”, curtindo uma merecida aposentadoria.
         O mesmo vale para as famosas máquinas “caixão” (de metal ou papelão) – em formato de caixa – muito simples, que sofreram nas mãos da garotada desde o inicio do século, até os idos de 1950, quando fez o maior sucesso a Kapsa brasileira. Também dessa época são as  máquinas simples de baquelite com filme 120, como as Agfa, de preço até hoje muito acessível. 
         Mas o “must” da coleção são mesmo as máquinas de fole, aquelas de sanfoninha que foram fabricas em inúmeros modelos e formatos, de madeira ou de metal, das mais simples às com muitas regulagens e cromados. São maioria as Kodak americanas fabricadas na década de 20/30 até 1950. Porém, as melhores eram mesmo as alemãs Voigtländer, Goerz, Agfa, Ernermann e tantas outras, de alta precisão e qualidade ótica impecável. 
         Entre as máquinas de fole, destacam-se (e são mais rarase, portanto, mais caras) os modelos de formato horizontal, com fole vermelho e, principalmente, as que tiram fotos com negativo de vidro. Elas são o destaque da coleção, pois são um pouco maior que  as demais, tem lentes de alta qualidade e o fole pode ser extendido para até 30 cm. Na época, décadas de 20 e 40, eram consideradas profionais, caras e tão sonhadas pelos como as ânon e Nikon de hoje.

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